Como é a combinação INFP e ESTJ, no MBTI?
Como todos os relacionamentos entre “opostos” (na verdade, possuem as mesmas funções cognitivas, apenas em ordem inversa – a principal função do INFP é a função inferior no ESTJ, e assim vai) esta tende a ser um relacionamento difícil, conflituoso e que traz pouca satisfação a ambas as partes.
Existe uma grande dificuldade para se entenderem e conseguirem compreender o que motiva a outra pessoa. Possuem interesses distintos, e também não valorizam as mesmas coisas.
O ESTJ valoriza a eficiência acima de tudo que há, enquanto que o INFP valoriza a moral (o que é certo e errado de seu próprio ponto de vista).
O INFP tende a achar o ESTJ pouco empático, e o ESTJ tende a achar o INFP dramático ou desnecessariamente sensível, ou ainda, pouco focado em resultados.
Numa situação doméstica, o ESTJ pode se incomodar com o caos deixado pelo INFP, e cobrar mais organização, uma vez que o ESTJ prefere cada coisa em seu lugar; tudo limpo e arrumado. Por sua vez, o INFP pode achar que o ESTJ se preocupa com coisas insignificantes, e que ele deveria pensar mais em outros tópicos de maior importância, como por exemplo para onde estão indo os valores da sociedade em geral.
O ESTJ pode achar que as coisas com as quais o INFP se preocupa não possuem valor prático, e simplesmente descartar os pensamentos do INFP, o que certamente deixará o INFP frustrado.
Além disso, o ESTJ costuma ser altamente crítico das ações das outras pessoas, por ter Sensação Extrovertida como Sexta Função, e o INFP costuma levar as críticas para o lado pessoal, e ficar ofendido – potencialmente revidando o ESTJ com ofensas a nível pessoal. Isso, obviamente, é a receita para um desastre.
Além disso, o INFP não deixa de falar quando acredita que seus valores estão sendo atacados, e pode sentir a necessidade de defender esses valores do ESTJ de tempos em tempos. Porém, esse não é o tipo de coisa que o ESTJ tende a atribuir um alto grau de importância.
Assim como o ESTJ é crítico do INFP, o INFP não consegue senão ser também crítico do ESTJ, ficando abismado com o jeito argumentativo e inflexível do ESTJ.
Pode, é claro, no começo do relacionamento, quando ainda estão se conhecendo, pode haver uma esperança de que possam funcionar e dar certo. E é claro que não podemos eliminar essa possibilidade, pois a personalidade do MBTI não é tudo que conta para um relacionamento, havendo também outros fatores como criação, meio social e etc. Porém, olhando apenas para o sistema de personalidades criado por Carl Jung, não podemos afirmar que este seria um par com altas chances de sucesso. Ao menos, não sem uma grande frustração envolvida.
É claro que o INFP também pode admirar a produtividade e autoconfiança do ESTJ, assim como o ESTJ pode admirar a imaginação e a empatia do INFP. Eles podem se olhar e pensar: eu queria ser mais como ele(a).
Porém, a dinâmica do dia a dia promete uma multitude de conflitos contínuos.